quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Por quê?

Bom e abençoado dia!!!!!
para hoje, um lindo texto de Carlos Moreira, que escreve no blog A Nova Cristantade ( http://anovacristandade.blogspot.com ), que não trás respostas, apenas perguntas...mas perguntas que nos fazem refletir muito.
Tenha um dia na presença de Deus.
Ana



POR QUÊ?

Por que as coisas mais incríveis da vida foram aquelas que passaram diante de nós e a gente quase não se apercebeu delas, foi como brisa de final de tarde num dia ensolarado de verão?

Por que a gente só dá valor a pai e mãe depois que a gente os perde na vida, depois que amargamos experimentar o fato de que os túmulos não falam, nem afagam, apenas calam?

Por que só aprendemos a reconhecer o valor da amizade quando perdemos nossos amigos, sofremos sozinhos, choramos escondidos, disfarçamos na mesa do bar as ausências reveladas pelas cadeiras vazias?

Por que a gente só se sente seguro depois que o corpo não corresponde mais aos nossos anseios, quando braços e pernas teimam em não mais nos obedecer?
  
Por que a gente só se sente maduro quando não dá mais para fazer coisas que só os garotos fariam, e por que a gente quando é garoto não consegue agir como gente grande?

Por que depois dos 40 a velhice se aproxima tão velozmente: a vista cansa, as costas doem, o sono é conturbado, a paciência diminui, tudo parece apenas mesmice?

Por que o amor com o tempo vai se apagando, como vela em fim de festa, e o seu brilho vai se ofuscando, como o orvalho da manhã que encobre o vidro da janela do quarto?  

Por que a vaidade nos deixa a certa idade, os sonhos se esfarelam, os planos se desfazem, as prioridades deixam de existir, tudo, absolutamente tudo, passa a ser algo dramaticamente real?

Por que os filhos crescem tão rápido e nós, pais, sem que façamos absolutamente nada, passamos de mocinhos a bandidos, de heróis a vilões; por que eles deixam de nos beijar, abraçar, de dizer que nos amam e precisam de nós?

Por que a certa altura da vida, o exercício de qualquer que seja a profissão trás consigo um grande enfado, pois quando este tempo chega, até ganhar dinheiro se torna coisa penosa?

Por que antes que venhamos a experimentar todas estas coisas, e os nossos dias tornem-se sem propósitos, não nos rendemos a Deus, que pode ressignificar hoje nossa existência, dar a ela outro destino, colorir o acinzentado que se acumulou em nossos olhos encharcados de tanto asfalto e concreto, por sabor em nossa comida, prazer em nossas relações, sonhos em nossa rotina, música em nossa alma, paz e bem em nossa vida?

Sim, por quê? Por quê? E por que não?

Carlos Moreira 
http://anovacristandade.blogspot.com/2011/08/por-que.html

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A saudade é o amor que fica...


Hoje gostaria de deixar uma mensagem especial para uma amiga  muito querida que perdeu o seu papai:
Aline,
Neste momento em que não imagino o tamanho da sua dor, gostaria de estar ao seu lado, te abraçar e chorar com você...
Amiga, todos torcemos muito pela recuperação do seu pai, mas o caminhos de Deus, não foram como os que nós traçamos... Infelizmente, a morte vem para todos nós, e nunca é fácil aceitá-la, ainda mais quando ela leva alguém que amamos tanto! Mas eu creio que Deus sempre realiza o milagre para aquels que o buscam, e realizou na vida do seu pai, que estava sofrendo terrivelmente, espero que ele finalmente tenha se encontrado com Deus e que ele agora opere o milagre do consolo nos corações de vocês.
Certa vez, li uma linda mensagem, que diz que a saudade é o amor que fica, realmente acredito nisso... pois só sentimos falta de quem amamos.
Que Deus te abençoe, te console e te encha o coração.
Ana

Leia o lindo texto, sei que vai falar com vc:

“Saudade é o amor que fica”


Estamos em constante aprendizado. O texto abaixo é a prova disto. Leia e comprove como a inocência de uma criança nos revela uma forma belíssima de definir saudade.“Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (…) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional… Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.— Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores… Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!Indaguei: — E o que morte representa para você, minha querida?— Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)— É isso mesmo.— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!Fiquei “entupigaitado”, não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.— E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela.Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei: — E o que saudade significa para você, minha querida?— Saudade é o amor que fica!Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica! Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo “meu anjo”, que brilha e resplandece no céu.Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.”Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011


Bom e abençoado dia!

Que este maravilhosos dia seja cheio de bênçãos e da alegria do Senhor Deus! Que vocês não se esqueçamo quanto são especiais, pois são conhecidas pelo nome do Autor do Universo, do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, são estrelas de inigualável brilho no teatro da vida!
Ana

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Bom e abençoado dia!

Passando hoje para desejar um dia cheio, repleto das bênçãos de Deus! Que Ele nos dê força na dificuldade, serenidade nas angústias e muitos sorrisos para desfrutar os momentos de alegria!
Beijocas
Ana

sábado, 13 de agosto de 2011

A todos os pais...

Amanhã é o dia de celebrar os nossos pais!
Fico triste ao ver os movimentos nas lojas, pois vejo que é um dia bem menos celebrado que o dia das mães... Não me conformo com a idéia que muitos tem de que as mães são mais valiosas que os pais, o que sei, é que o afeto que temos por cada é diferente, pois diferentes são os seus papéis, mas amor, continua sendo amor, mesmo que diferente, o que também não significa que um seja maior que o outro... Ou é igual o amor que temos pelos amigos, pelo conjugê, pelos filhos???? Claro que não! Tudo é amor, mas cada um tem o seu formato...
Hoje, olho meu pai e me lembro de um homem alto e forte, que segurava minha mão para atravessar a rua e me fazia sentir protegida...
Olho para ele e vejo que as mesmas mãos ainda estão lá, e ainda me protegem.
Foi o primeiro homem pelo qual me apaixonei e amei profundamente! Ele me ensinou que, ao contrário do que muitos dizem, existem homens maravilhosos, carinhosos, cuidadosos e que fazem da sua alegria a alegria de sua família.
Depois me apaixonei por outro homem, também lindo e forte, que segura minha mão, de outro jeito é claro, mas também me faz sentir segura. Meu marido...
Um não expulsou o outro, ambos habitam meu coração e me enchem de alegria! Agora tenho dois protetores...
Depois vieram mais dois homens, e me apaixonei novamente! Meus dois filhos, acompanhados de uma linda boneca, a segunda mulher por quem me apaixonei , minha filha (a primeira foi a minha mãe!)...
Todos no meu coração, somados aos irmãos, sobrinhos, sogros, cunhados, amigos... Todos em mim e sei que eu neles, todos amando e sendo amados, cada um do seu jeitinho, todos especiais!
O dia dos pais, é mais um dia da família, um dia para não esquecer de dizer 'EU TE AMO!", e louvar a Deus pelo amor, pela família.
A todos os homens maravilhosos que alimentam os sonhos dos seus filhos, que os fazem acreditar que é possível vencer e que há uma mão forte estendida para os segurar quando caem!
Aos homens que ensinam seus filhos que no grande teatro da vida cada um deve ser o ator principal de sua própria história e ser feliz, lembrando-se que quem faz o outro feliz alcança imenso sucesso na busca de sua própria felicidade!
A TODOS OS PAIS! AO MEU PAI! AO MEU MARIDO! AO MEU IRMÃO! AO MEU SOGRO! FELIZ DIA DOS PAIS, FELIZ VIDA!!!! 

ANA

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

De repente 30, 40, 50...


Bom e abençoado dia!!! No último dia 6, completei 34 anos, acordei feliz e grata a Deus por dias tão maravilhosos que tenho vivido e pelos dias não tão maravilhosos assim, pois nas dificuldades somos esculpidos e nos tornamos melhores. o texto a seguir, foi extraído do blog Hermes Fernandes http://www.hermesfernandes.com/, reflete bem o que sinto, uma mulher que amadureceu e tem certeza que a maturidade é uma bênção!
Ana

DE REPENTE 30, 40, 50...
Texto de Eliane Brum na Época 
Em uma noite, a inglesa Naomi Jacobs foi dormir com 32 anos. Na manhã seguinte, acordou com 15. Naomi tinha perdido 17 anos de memória em um caso raríssimo de amnésia. Quando despertou, pronta para encontrar as amigas e paquerar os meninos na escola, descobriu que tudo havia mudado. Horrorizou-se com o fato de ainda morar em Manchester, ter se tornado psicóloga e ser a mãe solteira de um filho de 11 anos que não reconhecia. Não tinha familiaridade com celular nem internet, não sabia que o mundo mudara depois do 11 de setembro. Acordou pensando estar no século XX e deparou-se com o século XXI. Despertou pensando que era jovem e tinha todas as possibilidades diante dela. E descobriu que a juventude tinha passado. Em suas palavras:
– Era como se eu tivesse dormido em 1992, como uma garota atrevida e autoconfiante de 15 anos, e acordado como uma mãe solteira de 32 anos. Quando acordei, olhei no espelho e levei o maior susto quando vi uma mulher com rugas me encarando. Não foi engraçado como Michael J. Fox em “De volta para o Futuro”. Eu havia adormecido num mundo de infinitas possibilidades e acordado num pesadelo.
Naomi acordou com uma memória de 15 anos em um corpo e numa vida de 32 no ano de 2008. Mas só agora contou sua história à imprensa britânica. Ela já recuperou a maior parte das lembranças e está escrevendo um livro sobre sua extraordinária – e aterradora – experiência.
Sua história lembra uma tirinha antológica do cartunista Laerte, publicada na Folha de S. Paulo. Nela, uma adolescente entra na tenda de uma cigana para saber do seu futuro. No último quadrinho, a jovem tinha se transformado em uma velha. Este, afinal, é o futuro de todos nós – pelo menos dos mais sortudos entre nós, daqueles não tiverem a vida interrompida por bala perdida, acidente ou doença. E não é necessário nenhuma bola de cristal para saber. Apenas que, para viver, preferimos nos esquecer desta que é uma das poucas certezas com que se pode contar na vida.
Conversando com amigos sobre a extraordinária história de Naomi Jacobs, percebo que o pesadelo é recorrente. Em geral, acho que esse despertar, que ela antecipou com violenta literalidade, acontece por volta dos 40 anos. É quando compreendemos que a juventude se foi. E o que é a juventude? É o tempo das possibilidades. Quando a máquina do mundo está aberta em todo o seu esplendor. E o horror que se oculta nas engrenagens é minimizado pela nossa potência. Aos 15 ou aos 20 anos, tanto a morte quanto a velhice pertencem à vida do outro. Ser jovem é ser imortal. E é tão bom ser imortal. Não faço o tipo saudosista. Mas, se me perguntarem do que tenho saudades dos meus 20 anos, era disso: da ilusão da imortalidade.
Aos 30, começamos a perceber alguns sinais da passagem do tempo. Mas boa parte de nós está ocupada tendo filhos ou lutando para se estabelecer na tal da carreira ou em algum outro lugar simbólico. Acho que a imagem da família doriana, mesmo que ridicularizada aqui e ali, ainda é muito forte. Mas este é um tema para outra coluna.
É nos 40 que a consciência da mortalidade nos assalta. A morte nos chega pelo avesso, ao descobrirmos que já não somos jovens. Um rápido cálculo nos mostra que estamos na meia-idade, isto se acreditarmos que vamos superar a média da expectativa de vida da população do país. Mas não é um meio da vida qualquer, já que a melhor metade, pelo menos para a beleza e a saúde do corpo, já passou. As primeiras dores começam a aparecer, assim como os problemas com colesterol e outras más notícias que os exames de laboratório nos dão. Nosso rosto começa a ser transformado pelas rugas, nossos cabelos já têm mechas brancas e o corpo ganhou quilos que não pedimos. Se exageramos na bebida numa festa, o dia seguinte e talvez até mesmo a semana seguinte estarão perdidos para a ressaca. Mas isso não é nada perto da consciência de que não há mais tempo para ser a primeira-bailarina de algum corpo de baile nem se tornar algum cérebro das ciências modelo exportação.
A juventude se foi aos 40. E parte de nós fica perplexo com essa descoberta anunciada desde sempre, mas que, por sermos jovens, era fácil negar. Testemunho nem uma nem duas, mas várias pessoas perguntando-se, perplexas, sobre o que fizeram entre os 20 e os 40. Ou como não perceberam o tempo passar. Como Naomi Jacobs, parecem ter se esquecido da parte da vida que as deixou ali. E essa “amnésia” – quem é este que ocupa meu corpo ou de quem é este corpo que se diz meu – torna-se, como disse a inglesa, “um pesadelo”. Vejam o que Naomi Jacobs diz:
– Aos 15 anos, eu pensei que teria conquistado metade do planeta quando chegasse aos 30. Foi um choque enorme descobrir que eu era apenas uma mãe comum, dirigindo um velho Fiat Brava.
No caso dela, com sua estranha amnésia literal, é bem fácil compreender o terror de acordar pensando que tem 15 anos e se descobrir com 32 e uma vida construída da qual é preciso dar conta. No caso de muitos de nós, quarentões, o pesadelo é mais sutil e vai se desvelando aos poucos. Mas, seja para Naomi ou para nós, só há um jeito de seguir vivendo: lembrar.
Não deixo ninguém me impingir a balela do “espírito jovem”. Simplesmente porque não quero ter espírito jovem nenhum. Penso que a grande conquista da idade é exatamente o “espírito velho”. E a grande perda é a do “corpo jovem”. Não só pela beleza da juventude, mas porque quanto mais o corpo envelhece, mais perto ele está da morte, e eu adoro viver. Mas espírito jovem, tenha dó. Deu um trabalho danado aprender tudo o que sei até agora, para isso escorreguei um monte de vezes, magoei umas tantas pessoas, fui arrogante e insensível em alguns momentos, passei do medo que paralisa para aquele que move, me libertei de várias neuroses e de outras tantas idealizações e tive de ralar muito para me tornar um ser humano melhor. Assim, deixem meu espírito velho em paz, já que não podem me devolver o corpinho.
Com isso quero dizer que o grande ganho de envelhecer é… envelhecer. É, portanto, a trajetória. Por isso, não há maior roubada do que esquecer o percurso, como fez Naomi, e como fazem muitos de nós, com a pergunta: “Como foi que eu cheguei até aqui? De repente, 40?”. É legítima a pergunta. E ela pode ser muito interessante se não nos paralisar, se for o começo de uma busca por resgatar a travessia. Porque, para seguir em frente, é preciso se apaziguar com o que ficou para trás, mesmo que a gente pense que poderia ter feito mais e melhor.
Para viver não há roteiro nem manual de instruções, estamos cansados de saber. Mesmo que nos bombardeiem de todos os lados e por todos os meios, 24 horas por dia, na tentativa de nos impor um jeito “certo” de estar no mundo, viver é viver. Ou seja, uma parte de escolha, outra de incontrolável. É com as nossas escolhas, mesmo que elas nos pareçam aquém das nossas expectativas, que precisamos ficar em paz. Vejo gente sofrendo porque caiu no conto da família doriana e agora se vê às voltas com a prestação ad eternum do apartamento, com a ex-mulher ou o ex-marido e com filhos que não parecem tão felizes assim. Do lado avesso, vejo gente se lamentando porque não comprou o apartamento com financiamento de 25 anos nem teve o casal de filhos nem deu aquele upgrade na tal da carreira porque ocupou seu tempo com outras aventuras.
Nossas escolhas sempre podem nos parecer insuficientes, porque nossa grande dificuldade é com o luto. E para cada escolha há uma perda. Se fui por aqui e não por ali, perdi tudo o que iria acontecer por ali, mas ganhei o que aconteceu por aqui. E vice-versa. Mas, numa sociedade que vende a falácia do gozo imperativo e absoluto, lidar com as perdas é um tormento. Aos 40, porém, é inadiável a compreensão de que não dá para ter tudo. Escolher é ganhar e perder, ao mesmo tempo. Ou, sendo mais precisa, talvez ganhar, com certeza perder. Dá medo, mas é assim que a gente anda.
Já fiz o exercício Peggy Sue – lembram do filme do Coppola, em que Kathleen Turner volta aos anos de escola depois de um estranho desmaio, com tudo o que sabe na meia-idade? Pois é. Descobri que, fora não cometer um ou outro namoro, no essencial teria de repetir todos os meus supostos erros, porque foram eles que me trouxeram até aqui. Até aqui para tentar outras vidas e me reinventar sempre que sentir necessidade, mas com a compreensão de que a mulher que virá conterá todas as outras que vieram antes. Hoje sou capaz de perceber que, entre os 15 e os 20 anos, fiz coisas incríveis. Menos por ser corajosa, mais por ser irresponsável. Aos 45, eu sigo tentando fazer coisas incríveis – incríveis para mim, claro, não necessariamente para os outros. Umas dão mais certo que outras. E agora não sou irresponsável, o que sou é corajosa.
Portanto, se você está tentado a sofrer de amnésia para não ter de acolher seu percurso, melhor não. Vale mais a pena se lembrar de cada detalhe, assumir suas escolhas pregressas e decidir o que vai fazer daqui para frente, com tudo o que é agora. A maravilha de ter 40, 40 e poucos ou muitos – e possivelmente vou estar dizendo isso aos 60 – é que sempre dá para a gente se reinventar. Dá até para virar bailarina, só por prazer, não por carreira. Ou estudar algo que sempre quis, sem maiores pretensões do que a delícia de aprender. Ou dar uma virada mais radical na vida, usando tudo o que descobriu chegando até aqui.
Foi mais ou menos isso o que a inglesa Naomi Jacobs fez, depois de ter a amnésia mais estranha da história. Recuperou as lembranças e decidiu realizar com elas um sonho de infância: escrever um livro sobre sua experiência. Nas palavras dela:
– Embora tenha sido traumático, eu estou realmente grata. Pude reavaliar minha vida e retomar o sonho de infância de me tornar escritora.
Atenção, porque é aí que está o ponto. Ela só poderá realizar o sonho da infância porque tem uma experiência para contar em livro. Precisou viver, com todas as perdas inerentes à vida – e no caso dela um enorme choque traumático –, para ter o que contar e realizar o sonho da infância.
Porque é isso que acontece por volta dos 40 e, no caso dela, aos 32: não é que perdemos a imortalidade, o que perdemos é apenas a ilusão da imortalidade. O que sempre tivemos, em qualquer idade, é uma vida: limitada, imperfeita, mortal. Mas extraordinária desde que olhemos para ela e para nós mesmos com generosidade e com a coragem de buscarmos o que é singular em nós. Ainda que contra o mundo inteiro. E, acredite, é mais fácil ter coragem com “espírito velho”.
foto: Claudia Schiffer, 40 anos
Fonte: Pavablog
Título Original: Amnésia aos 40

terça-feira, 9 de agosto de 2011

DEUS, SOMENTE DEUS

Bom e abençoado dia!
Para hoje, uma cação tão linda, que faz a nossa alma cantar de alegria 'DEUS, SOMENTE DEUS".
Tenha uma terça-feira repleta de bênçãos!
Ana


Deus, Somente Deus

Arautos do Rei

Composição: Phill McHugh
Deus, Somente Deus
Deus, somente Deus, criou o mundo e tudo que contém
Do magnífico ao comum, a glória que reluz pertence só a Deus
Deus, somente Deus, é a Verdade pura, milenar
Pode o homem desejar mas nunca irá mudar
O plano desse Deus
(Coro)
Deus, somente Deus, tem o poder do trono universal
Proclamem Terra e Céu, exultem em louvor
A Deus, somente a Deus
Deus, somente Deus, será o gozo do eterno lar
Sem tristeza e sem pesar, viveremos pra louvar
A Deus, somente a Deus
(Coro)
Deus, somente Deus, tem o poder do trono universal
Proclamem Terra e Céu, exultem em louvor
A Deus, somente a Deus

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Devemos orar não até que Deus nos ouça, mas até que nos ouçamos a Sua voz!

Bom e abençoado dia!

Certa vez li uma frase, mas não me lembro o autor, que diz "Devemos orar não até que Deus nos ouça, mas até que nos ouçamos a Sua voz!", as vezes apresentamos a Deus nossos problemas em oração, e achamos que quanto mais pedirmos, mais chances tenhamos de ser ouvidos por Ele. Mas se Ele conhece o mais profundo do nosso coração, o nosso deitar, o nosso levantar, os nossos pensamentos, já não conhecerá das nossas necessidades antes mesmo de pedirmos????? Sim, certamente... então, porque orar? Porque a oração nos liga com o Pai, não oramos para que Ele nos ouça, mas para que nós O ouçamos... não poderíamos estabelecer um dialogo com Deus se apenas Ele nos ouvisse. Então, oremos até que nossos corações estejam tão descansados em Deus a ponto de podermos ouvir a sua voz, aceitar sua resposta, confiando que é o melhor para nós, mesmo que não seja exatamente aquelo que gostaríamos de ouvir...

Ana

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

CRENDO SEM TER MUITA FÉ

Bom e abençoado dia! perdoem-me a ausência,mas cá estou, trazendo um texto lindo, que vale a pena ser lido com cuidado, carinho e reflexão, retirei do blog  http://www.pulpitocristao.com/


Ana


CRENDO SEM TER MUITA FÉ



Por Daniela Nogueira
“Imediatamente o pai do menino clamou: Eu creio! Ajuda-me na minha incredulidade.” – Marcos 9:24
A frase de fé mais sincera do mundo – é o que essa frase representa para mim. O pai desse menino da história bíblia teve sua fé colocada à prova. Ele pede a Jesus que, se puder, cure seu filho, que sofre convulsões há muito tempo. Jesus então diz a famosa frase que muitos usam sem ler o contexto: “Tudo é possível ao que crê.”
Imagino o que está se passando na cabeça desse pai nesse momento:
“Bem, eu não sei ao certo se Ele pode curá-lo. Ele é Jesus, é claro que pode curá-lo! Eu já o vi curando muitas pessoas, porque não meu filho? Mas são tantos anos, tantas tentativas em vão de vê-lo curado, será que vai dar certo? Bem, ele me disse que tudo é possível àquele que crê…” Então ele diz: “Eu creio! Me ajude com minha falta de fé”.
É como se ele estivesse dizendo: “Jesus, eu vi você fazendo isso antes, e eu quero crer que isso é possível, mas não sei se consigo suportar mais uma decepção, mais uma falsa esperança. Eu creio no seu poder, mas me ajude com a minha incredulidade!”
Muitos tentam ser super-heróis do cristianismo, achando que tem que acreditar que tudo será perfeito em sua vida. Se um problema surgir, é só crer, porque “tudo é possível” ao que crê.
Por muitos anos eu tentei viver assim, mas a cada milagre não ocorrido, a cada pessoa que morria, eu me sentia culpada, me sentia menos cristã, achava que talvez nem para o céu eu iria, porque não tinha fé suficiente para mudar os problemas da minha vida.
Quando li esse versículo atentamente vi que Jesus não requer uma fé de super-herói, Ele não quer que creiamos sem termos fé, Ele quer passos de fé. Ele quer que creiamos nele, mesmo que estejamos inseguros. Pode ser que os milagres aconteçam ou não, mas a graça dele sempre estará conosco.
A vida cristã não é isenta de problemas, mas Ele está conosco – e Ele venceu o mundo.
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Daniela Nogueira edita o blog 33dC